“Então
Ló escolheu para si toda a campina do Jordão” (v. 11). Foi
bastante evidente o que estava no coração de Ló; ele queria uma vida no mundo. Ele baseou sua decisão simplesmente na
natureza e no que ele viu com seus olhos. Não houve nenhum conselho com o
Senhor sobre qual caminho ele deveria tomar; não era hábito em sua vida
consultar ao Senhor. Agora, deixe-me perguntar: “Essa é a maneira que você toma
decisões em sua vida? Você pede ao Senhor para guiar seu caminho? Você quer
conhecer a Sua mente sobre o assunto?”
É claro que Ló estava
pensando somente no ganho material. Ele estava pensando em melhorar seu
“status” na vida. Ele queria alcançar uma posição na vida que chamamos hoje de
“independência financeira”. Ele achava que se descesse ao vale do Jordão, ele
certamente poderia alcançar esse objetivo. Mas fazendo isso, ele teria que se comprometer
no caminho – desistir de andar por fé nas montanhas de Canaã. Ele também teria
que desistir da comunhão com Abrão. Mas essas eram coisas que não pareciam
preocupá-lo. Ele tinha esse objetivo ardente – tirar vantagem das oportunidades
que as campinas do Jordão ofereciam.
Precisamos de objetivos
corretos em nossa vida. Devemos estar vivendo por algo mais que coisas
materiais. Se isso é tudo do que sua vida consiste, será bastante
insatisfatório. Tiago diz: “Eia agora
vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano,
e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.
Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se
desvanece.” (Tg 4:13-14) Sabemos o que é um “vapor”. É algo que não tem nenhuma substância. E se você vive
apenas por coisas materiais, você terá uma vida sem qualquer substância real.
Muito vazia e insatisfatória.
Deixe-me te fazer uma
pergunta. Você pegaria uma oportunidade onde possa melhorar sua posição na
vida, e realmente se realizar financeiramente, mas ao fazê-lo, isso
significaria que você teria que se retirar de onde se pode ter comunhão regular
nas reuniões? Ló teve essa oportunidade, e ele se jogou nela num piscar de
olhos! A oportunidade se apresentou e ele não pensou duas vezes: ele estava
pronto para ir. O que você faria nessa situação? Talvez haja algo assim que esteja
se apresentando a você. Estão as reivindicações do Senhor sendo consideradas quando
você toma tais decisões?
Quando Ló olhou para as
campinas do Jordão, foi dito que pareceram a ele como “a terra do Egito”. Ora, onde ele teve esse vislumbre do Egito?
Bem, isso nos leva de volta ao capítulo 12 quando Abrão o trouxe de volta dali.
Ele tinha adquirido um gosto pelo Egito que nunca o deixou. Quando ele viu as
campinas do Jordão, aquilo o lembrou do Egito. Há um aviso aqui para aqueles de
nós que são mais velhos. É possível levar os nossos jovens a algo que lhes dê
gosto pelo mundo que eles não perderão. Mais tarde na vida deles, quando
tiverem oportunidade de escolher por eles mesmos, certamente poderão ir direto
a isso, e teremos a nós mesmos para culpar por isso. Teremos que baixar nossa
cabeça e reconhecer que os encorajamos de alguma forma – provavelmente sem
intenção – mas o dano foi feito. Eu não sei, mas talvez Abrão tenha culpado a
si mesmo pela decisão de Ló. Eu suspeito que essa tenha sido a razão pela qual,
no capítulo 14, ele fez tanto esforço para resgatar Ló quando este foi levado
pelos reis que vieram ao vale de Sidim. Ele sentiu a responsabilidade de
ajudá-lo. Isto é definitivamente um aviso para nós que somos pais. Estamos,
inadvertidamente, dando aos nossos filhos um apetite pelo mundo? Ló tinha
adquirido um gosto pelo Egito que estimulou seu apetite por mais. Ele pensou
que encontraria isso nas campinas do Jordão, mas tudo o que conseguiu foi
aflição da alma (2 Pe 2:8).
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